sábado, 30 de junho de 2007

Discuto sim!

Primeramente tenho que dizer que já to bastante assustado com as proporções que esse blog tomou, 7 comentários, 2 de desconhecidos em um único texto dum blog que servia à priore como coleção pessoal, mesmo eu não fazendo o mínimo esforço para mante-lo assim.

Citando a mim mesmo, “não estou aqui para ficar me explicando”, mas já que houveram tantos comentários vou conceder um pouco de interatividade, não adianta me dizer que religião, política e outras coisas que incomodam não se discutem, porque sempre gostei muito de incomodar, de dar chutes nos sacos, e de criar grandes polemicas, mas não era o caso do ultimo texto, ali não estava criticando religião e sim o modo de encara-la, respondendo linearmente, primeiro ao Guará e a Larissa, Copérnico não acreditava no metafórico Deus barbudo sentado na cadeira de mogno, que eu citei no texto, tanto que esse Deus falava que a Terra era plana e o Sol orbitava em torno dela, Darvin também não acreditava nele, ele percebeu que não fomos criados a imagem e semelhança desse Deus a não ser que em primeiro caso ele fosse uma Ameba, o que diga-se de passagem explicaria muitas coisas para mim.

Ao Mevh quero agradecer por apreciar meu blog, mesmo sem me conhecer e me desculpar pois vou voltar a tocar nesse assunto quantas vezes eu achar nescessário, pois ele traz bastante discussão e sem isso, oxigênio e alimento eu não vivo e obrigado mesmo de gastar seu tempo aqui comigo.

Ao Sealopra, um muitíssimo obrigado, eu tava numa grande fossa novamente quando li o comentário dele, e consegui gargalhar e desconfio que mesmo se estivesse condenado a forca, iria fazer o mesmo.

E ao Pedro, sem pederastia, mas gostaria de ter metade do seu intelecto, e te adulo de verdade.

Hoje vai ter outro texto já que esse foi apenas um pouco de interatividade com aqueles que se dedicam a ler isso aqui.

Abçs.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Dogmatismo

Dedico esse texto ao senhor Euclides, meu prezado (ironia³) sogro.

Tenho uma série de perguntas que martelam minha cabeça, porque seguir hoje em dia os moralismos e dogmatismos? Porque ter uma maldita mente quadrada, que impede que você e as pessoas próximas tirem o melhor da vida? Porque ver todo o planeta como errado? Ver aqueles que curtem a vida ao extremo, que praticam um bom sexo à la carte, como abortos humanos? Como eles fazem para não perceber que cada ser humano deve ter autonomia sobre sua própria existência?

Esses seres dogmáticos fecham os olhos para quase todas as experiências da vida, quando nascem já estão fadados ao fracasso como ser humano, como matéria mutável, só vão fazer tudo exatamente como manda o script, acho que nesse ponto lembramos dos nossos queridos hereges, todos morrendo queimados, se não fossem eles, ainda viveríamos na Terra quadrada, não teríamos nenhuma biotecnologia e acreditaríamos em um Deus barbudo, sentado em um trono de mogno, abrindo mares e mandando a peste contra os egípcios (esse deus com D maiúsculo, macho pra cacete!), se você acredita em algum desses supra-citados, ou em coelhinho da Páscoa, fada do dente e papai noel e já tiver mais de uma década de vida. Te convido a fechar esse blog e nunca mais voltar a abri-lo, ou melhor:

Pegue um dos lados do seu sinto, amarre na viga mestre da sua casa, de um laço na outra extremidade e passe-o em volta do pescoço, tudo isso em uma altura q seus pés não alcancem o chão, tire toda a sustentação sem ser o cinto e espere algo em torno de 10 minutos, você provavelmente vai estar morto quando isso terminar, mas não fique triste, você não iria mudar realmente as coisas para ninguém...

domingo, 24 de junho de 2007

Morte prematura

Vamos lá, mesmo achando que os bons textos são os escritos quando se está triste e a boa pizza é a de aliche, convivo com aqueles que gostam de calabresa, então vamos tentar produzir algo.

Resolvi escrever sobre como as pessoas morrem, vou tentar abordar isso pela longevidade cronológica:

Primeiramente o esperma seco, ou o óvulo no absorvente, não é considerado morte pelos padrões atuais, mas não vejo muita diferença, nesse caso a vida e a oportunidade perdida existem, quem conseguirá me convencer que espermatozóide na camisinha com espermicida não daria um grande poeta ou o responsável pela cura do câncer? Mas tudo bem, este poderia criar também um novo corrupto, ou um novo sociopata, ai já vai para o moralismo de cada um.

Em segundo lugar, o aborto espontâneo ou não, com as mesmas possibilidades de ser algo que eu ou você.

Nesse ponto imagino a vida breve, a vida cancelada, o bebe que morre de maus tratos, de inanição, aquelas criancinhas africanas que morrem de fome, enquanto como minha pizza de aliche (e vocês a de calabresa), preciso confessar que isso já me incomodou mais, hoje acho que já que não fiquei louco, não me importo muito com eles.

Agora é a vez dos adolescentes que morrem de overdose, curtiram a vida até o ponto em que as coisas se reverteram, que a virtude virou vício, que a falta de moralismos, de dogmas, a cabeça aberta, viraram auto-destruição, esses estão mortos, mas pelo menos andaram durante um tempo na forma Trainspotiniana de ser, não mudaram o mundo, mas a boa pergunta é, quem conseguiu?

Temos os adultos que morreram de ataque cardíaco, graças a alguma compulção, talvez a de acumular riquezas, talvez por nunca conseguir alcançar o objetivo ilusório que os deixariam realmente felizes, tenho uma grande pena do segundo grupo, eles são os burros que a vida inteira perseguiram a cenoura pendurada, não perceberam que cada vez ela se afastava mais, mas hoje jazem em paz.

E aqueles adultos, que morrem de enfisema, ou de câncer, de insuficiência respiratória, ou até mesmo de ataque cardíaco, que ficaram a vida inteira sem a intensidade, viram os dias passarem atrás de uma tela de televisão, entre um jogo de futebol e outro, em um emprego medíocre, entre uma cerveja e outra, sem a variedade, esses na verdade viveram um dia só, um dia que se repetiu e se repetiu e se repetiu, num loop infinito, infinito até o fim do personagem, respeitando a ordem do meu texto deveria coloca-los após os abortos, mas deixa para lá, depois arrumo isso.

Temos ainda os velhacos que morreram após alguns sintomas de Alzheimer, não tem mais perspectiva, só existem porque tem alguma família que insiste em rega-los que nem uma samambaia na sala, vivem a memória, a memória dos outros, já que a deles foi perdida, são apenas um obelisco, algo que mostra como as vezes a morte esta realmente perto de todos, mas que as vezes é cruel de mais, esse ultimo grupo vivem graças a uma legislação sem piedade, vivem não, apenas existem, como carapaça, aquilo que chamamos de alma, essência, ou qualquer sinônimo já nas existe ali.

E o ultimo grupo, aqueles que já perderam a carapaça, ou não, mas que nunca deixarão de existir; no imaginário popular, na memória geral, aqueles que parafraseando o grande publicitário autor das campanhas da Jonnhy Walker: Fez ao menos, uma coisa notável.

Geração Prozac

Aqui vai uma explicação para quem criou o curto vício (ou virtude, quem sou eu para dizer) de ler esse blog, a explicação do porque eu parei de escrever, todos sabem quem quando se está deprimido a comunicação melhora através da arte; escrita, pintura, música. O motivo que a freqüência de textos diminuíram nesse blog é que não estou mais na fossa, não que eu tenha virado adepto do Prozac, longe de mim, ainda inocentemente acredito nas coisas verdadeiras, então minha melhora tem nome: Camila. Andei pensando porque as pessoas se comunicam melhor quando estão com problemas? A única resposta decente para este dilema explico a seguir:

O ser humano como bom filho da puta que é segue a seguinte linha de raciocínio, quando estou deprimido a felicidade me incomoda, então vou passar toda minha acidez, todo meu cinismo para o máximo de pessoas que eu conseguir, por isso escrever na fossa faz tão bem, exemplos disso vejo vários, o rejeitado do Shakespeare, que por frustrações varias, escrevia tão bem sobre amor, o fudido do Bukowski, que depois de uma vida de merda, além de virar alcoólatra, virou o melhor poeta e contista de quem tenho nota, o cocamaníaco do Fante que teve outra vida desgraçada e virou um grande romancista e a lista segue solta, os mais letrados leitores conseguirão muitos outros exemplos.

O que aconteceria, se Shakespeare, em vez de frustrado fizesse frente a Don Juan de Marco, obviamente teríamos perdidos grandes livros e se o Bukowski tivesse nascido com um padrinho rico, que lhe pagasse a faculdade de jornalismo, nunca poderíamos ler contos como “O Cobertor” e “O grande rebu da maconha”, além das poesias, se Augusto dos Anjos não tivesse se frustrado nenhuma vez, nunca pensaríamos em escarrar nas bocas que nos beijam.

Eu tive minha curta fase de fossa completa, imitando o alcoolismo do Bukowski, as frustrações do Shakespeare e alguns feitos do Fante, porém agora, não estou mais deprimido e mesmo a depressão sendo absolutamente romântica, deixo-a para aqueles que nasceram fudidos, com eles já não me importo mais, não jogo mais no mesmo time. Minha acidez morreu, podemos dizer que até prematuramente, mas espero que ela continue enterrada e os antigos companheiros do time depressivo que me perdoem, mas não chego nem a despreza-los já que para isso deveria ao menos pensar neles.

Com esse parágrafo me despeço dos meus leitores, até a próxima bad trip e que isso demore MUITO!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Forjado

Eu fui forjado, como toda boa arma, na caldeira mais quente, sobre o peso de um pesado martelo, cada pancada, um aprendizado, algo que iria me dar forma, marteladas fortíssimas sempre, mas sou feito de um bom metal e agora, saiu da forja, não posso mais ser fortemente modificado e agora, nada mais entra em meu caminho sem ser cortado, do metal bruto, ao ferro fundido, até formar a mais brilhante espada.

Hoje tenho dois lados, o frio, cortante, voraz, cruel, mortal e o lado incapaz de ferir quem estiver do lado certo da lamina, ainda caloroso, brilhante, maravilhoso.

Meu segredo é simples, observe, aprenda como a arma funciona e se mantenha do lado inofensivo da lâmina, jamais ela irá feri-lo.

Aloha

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Mulheres Psicodélicas

Psicadélico: do Gr. psyché, alma + dêlos, claro, evidente, adj., designativo do estado psíquico que resulta da absorção de alucinogénios; relativo à arte concebida sob este estado.

algo com poder maior de tornar evidente as almas masculinas do que uma formosa e encantadora mulher? Existem diferentes tipos de drogas, como existem diferentes tipos de mulheres, como não conheço todas as drogas nem todas as mulheres vou fazer a comparação dentre as melhoes que eu conheço.

Luiza, o belo álcool, minha droga preferida, capaz de arrancar a verdade dos seres humanos, criando ressacas morais, inebriante, desbaratinante, desnorteante, um belo dia com ela causa uma ressaca que transtorna. No dia seguinte sentimos a dor de cabeça, por não termos mais certeza se estamos certos, sentimos a boca seca, pois queremos mais e o cansaço físico pois ninguém agüenta a sua intensidade.

Pamella, a conturbada maconha, onde o máximo prazer é a ilegalidade, a necessidade do escondido, a que faz sua mente rodar, a que dentre todas as outras mais causa alucinações, a que não é verídica, dona de seguidos sentimentos inverdadeiros, se tornando assim absolutamente perigosa, não se brinca com ela, só podemos admirara-la.

Larissa, o amor, pois é, considero também o amor droga, a que vitimiza mais, a com maior numero de viciados, o bom amor é ciumento, quer o alvo só para si; Mas como é lindo o verdadeiro amor, assim como a Larissa. É capaz mais do que tudo de tirar o sono, é aquela pela qual se decora poemas, e que se vê a representação nos poemas, é a síntese de Ofélia, de Julieta e das grandes musas shakespearianas, é aquilo que você não se sente completo até ter, e quando tem sempre quer mais.

Esse pequeno texto é para as minhas amigas, todas as três, responsáveis pela maior parte da minha atual construção. Amo as três, o seus dogmas, as suas vontades inexplicáveis e as suas grandes cabeças.

Aloha!.

Prólogo

Pretendo usar esse blog para fazer com que alguns textos que resolvi escrever fiquem mais disponíveis, para aqueles que se interessam, e dedico ele ao meus amigos, não a todos, mas só aqueles que são sempre fieis e que tenho certeza poder sempre chamar de meus amigos, portanto esse blog é tanto para às pessoas que marcaram como amigos, que a qualquer momento poderiam ser participantes ilustres da minha vida, mas no momento não o são, como que para aqueles que continuam a me marcar a cada dia.

Um pouco do que escrevi dou a eles:

“Há também aqueles amigos que tentam passar por nossas vidas, tentam sumir, mas a eles só lhe pertencem o corpo, a alma já nos foi doada, já se fundiu a nossa, dela já temos a posse quando o chamamos pela primeira vez, amigos.”

Roubo este trecho de um texto que dei para minha amiga, Luiza.