sábado, 12 de abril de 2008

360 graus

Epílogo:

Texto tá confuso, complicado, praticamente ininteligível, mas vai ficar assim, questão de lições Kerouackianas escrita on demand da mente, aproveitem.

360 Graus:

A vida é complicada, ainda mais quando se pensa. De repente você desperta e como saindo de uma amnésia intelectual você se pergunta quem sou eu? Onde estou? Ai percebe que somos o reflexo do meio, pelo menos para o próprio meio, então focamos a segunda pergunta, quem é o meio? A infeliz resposta que chego é essa, o meio onde cresço é uma juventude sem cara, sem bandeira, sem estandarte, o grito é que a luta acabou, que a cortina desceu, que a arte morreu, que o ser humano parou de evoluir, que a psicologia é a nova gama de verdades que veio substituir a tão idiota religião. E vamos ser iguais, e viva a igualdade perfeita, que é perfeita pois é separada por castas. Sinto falta da romântica trama que via nos cinemas, e vejo esse reflexo em todos que viveram tal romântica trama, um Jabor surtando por não apertar a mão de Fidel, hoje procura pelos em ovos faz um melodrama com tendências idiotas tentando impressionar quem já viu tudo. Cheira mapas brasileiros desenhados com cocaína de mentira para o mesmo público que acabou de ver o maníaco da Machadinha guardando um bebe de 3 anos em envelopes no linha direta.

Quem queremos impressionar? Aqueles que com 10 anos viram Jim Morrison mostrando o pau para a multidão? Tudo foi banalizado, Quentin Tarantino tentando relembrar por rios de sangue a anestesiada platéia o que um dia foi violência conseguiu vender muito bem seu filme, ser motivo de riso para quem não entendeu, e motivo de aplauso para quem já sabia.

Quem puxa aqueles que ainda não estão aqui? Quem explica para os verdadeiramente anestesiados onde fica a porta da saída? Quem tira a porra da ampola de morfina da mão da TV globo? Que anestesia sistematicamente 90% do País com seus jornalecos vendidos, seus programas de cultura burra auxiliados de perto por revistinhas assumidamente posicionadas, que nada é neutro eu já sei, mas que jornalismo posicionado influenciando propositalmente a massa imbecil para direita e para a esquerda a seu bel prazer é anti-ético acho que já fica obvio.

Existem ainda algumas pessoas lutando contra as doses de anestesia diária que tomamos, o autor de Zeitgeist the movie é uma delas, fica a sugestão para quem nunca ouviu falar e obviamente esse filme não irá passar na tela-quente. Talvez no cinema se dermos sorte. Nosso mal, é não perceber o jogo, o cenário, os papéis, as representações, os heróis místicos de cada um trabalhando para a bola de neve, para a idéia geral, a fábula geral da política, da mídia, da arte. Os papéis são perfeitos, aqueles que não se informam, grande maioria continua cometendo atos idiotas, ai existem os salvadores da pátria como o Suplicy, o Gabeira, que estão lá só para não deixar o desespero imperar na pequena parcela da população que pensa. Como diria o filme supra citado, “Don´t mind the man behind the curtain.” Não se preocupem o dia que o Dr. Roberto Marinho (aqui entra algum titulo Quatrocentão como Junior, Neto, IV, que não me recordo) acordar com diarréia, ter seu rolex roubado no farol e decidir que a casa vai cair para aqueles que só tem quatro dedos em uma mão, não se preocupe, pois estamos no sossego, não existem problemas, não existe necessidade de nenhuma revolução, esta tudo bem.

E no último parágrafo usei a palavra fábula, essa se escrita por La Fontaine, teria a seguinte moral “Nada pode ser tão ruim, se você recebe uma dose de morfina logo após a tela quente.”

4 comentários:

Unknown disse...

WOW!!!
=O

Unknown disse...

As vezes percebo tanta evolução nesse ser!!
estou orgulhosa amigo!!


beijos!

Mariana Lab disse...

Aloha!! (ou oi como vc mesmo disse) hahahaha
"Quem queremos impressionar?"
Muito obrigada pela força que vc me deu... mas enfim vim até aqui para falar o que eu acho do que vc escreve. Acho sua filosofia de vida interessante, pelo o que leio é claro. Seus textos me fazem refletir... são excelentes... Crenças, Cansei, Sobre a (minha) morte, Carpe Diem, são todos muito bons.
Dei muita risada com o "Como ser Aloha" Continue sempre escrevendo-os que vai ter sempre alguém precisando lê-los!!

Beijooss!!
Mariana.

MEVH disse...

Animal, demorei pra ler pois não tenho tido tempo.

Realmente você pode se gabar, não sou ninguém para julgar, aprovar ou não mas concordo que nesse você se superou. Lembre-se do que te falei no msn e realmente gostei.

Abs,

MEVH