sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Lobisomem moderno

vou fazer post duplos, já q resolvi escrever poesias também.

esse texto não está corrigido porque estou de ressaca de mais para faze-lo

Lobisomem Moderno:

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Essa história aconteceu comigo, mas me foi contada por um amigo de um amigo meu. Estava eu acordando em uma bela quinta feira, quando me dei de cara com um calendário de Santo Expedito, tenho um desses, não que eu seja religioso, mas ele me é bem útil por motivos que ainda hão de ser revelados. E que para mais serve a religião se esta não lhe for útil? Mas voltando ao calendário, percebi que era noite de lua cheia, o que significa desde que me fiz pessoa, que era noite de me transformar. Não uma transformação que me trouxesse pelos, mas sim a selvageria.

Fiquei apreensivo, sentia-me como se algo muito grande estivesse para ocorrer, como se estivesse com uma grande prisão de ventre. Arrumei minhas coisas, sem nunca esquecer o que estaria por vir, e dirigi-me até o local onde os seres que também se transformam como eu costumam se reunir, me reuni com a grande seita, e comecei a tomar o remédio para a timidez que sempre me ajuda a melhorar minha transformação, lembrei-me de como a certo tempo atrás o gosto acre deste remédio de cevada me incomodava e hoje me da apenas prazer, tomei porções cavalares deste remédio enquanto a transformação aparecia, lembro-me apenas do gosto, hora acre de cevada, hora azedo de bile. Pronto a transformação estava completa.

Agora eu era apenas um animal, só tinha em minha mente a necessidade do ato que perpetua a espécie, a vontade do prazer, justamente daquele que mais me alivia a dor, havia me tornado outra vez, um animal, escolhi a parceira de espécie, não aquela com melhores genes, apenas aquela que não me daria trabalho, abordei, nos cheiramos, grunimos frases ininteligíveis, e ela me acompanhou até meu nicho, meu microcosmo, minha gruta, onde podíamos ser nós mesmos. Ah! O prazer do coito, como rejuvenesce, não só o individuo como a toda espécie, a partir desse ponto, a memória falha, o animal não lembra, existem apenas aqueles 5 segundos de Nirvana total e completo e logo após tudo se apaga, se volta a ser apenas mais um, mais um Homo Sapiens Sapiens, com suas vãs filosofias, ideologias e se esquece que antes de tudo se é muito mais humano quando transformado em uma bela quinta feira, do que no resto da vã semana, mas devemos nos manter tranqüilos, outras virão, se Santo Expedito e seu belo calendário lunar assim o desejar.

Um comentário:

Unknown disse...

ótimo texto!!
perfeita descrição....
mas seria mais conveniente discutirmos pessualmente!!


beijo grande.